27 de jan. de 2010

Patrões desistem de alterar jornada, mas não aceitam dar mais que 4,11% de reajuste salarial

Na 8ª rodada de negociação com o Unigráfica, os patrões afirmaram que não vão avançar na proposta de reajuste salarial dos trabalhadores gráficos. Depois de negar todas as reivindicações da categoria, propor o fim do sábado livre, a implementação do banco de horas e oferecer apenas 3,60% de reajuste salarial, o patronato modificou o discurso na mesa de negociação. O alvo agora é o reajuste dos salários e a Contribuição Assistencial.


A comissão de Negociação do SINTIGRACE reduziu a proposta de reajuste salarial de 9,53%, para 8,50%, porém os patrões afirmam que as empresas não têm condições de dar um reajuste maior do que 4,11%, pois alegam que o ano de 2009 foi negativo para as indústrias gráficas e com um reajuste maior elas correriam o risco de quebrar.A comissão de negociação do nosso Sindicato, acredita que a Unigráfica adotou uma postura política de desmoralização do Sindicato dos Trabalhadores.

Nesta rodada de negociação a comissão de negociação patronal, formada por Pedro Jorge da Gráfica Minerva, Fernando Antônio da Gráfica Tiprogresso e Eulálio Costa da Expressão Gráfica, não encontrou justificativas para as propostas que estavam apresentando.

Para a comissão de negociação do SINTIGRACE a comprovação que o Sindicato patronal vem tentando desmoralizar o sindicato e a categoria é que não existem justificativas técnicas ou econômicas que fundamentem a proposta patronal. “A economia está em crescimento, o salário mínimo aumentou 9,68%, e as categorias estão conseguindo aumento real em suas campanhas salariais.”, Declarou o presidente do SINTIGRACE, Rogério Andrade.

Andrade também lembrou da frase de Fernando Antônio (Tiprogresso), na primeira rodada de negociação: “não dou porque sou escroto”. Para o presidente do SINTIGRACE, a postura demonstrada pelo representante da Tiprogresso deixa clara a intenção do patronato e o desrespeito que emprega aos seus funcionários.
A comissão de negociação achou por bem não marcar uma nova rodada de negociação por enquanto. É preciso ouvir a Categoria e decidir com ela o que fazer. Por isso é preciso que você trabalhador dê sua opinião e comente sobre o que o Sindicato deve fazer diante da tentativa de desmoralização que o Sindicato patronal quer impor aos trabalhadores gráficos.

PARA COMPARAR

Algumas categorias com data-base em 1º de janeiro já fecharam suas campanhas salariais. Todas com aumento real acima da inflação. Comerciários: 7,75%; Trabalhadores em supermercados 7,80%; Asseio e Conservação 7%. Proposta dos patrões para os gráficos; 4,11%.



25 de jan. de 2010

Iniciada operação tartaruga: Setor gráfico convencional recusa proposta patronal durante assembléia no sindicato



Na primeira Assembléia após o início das negociações com os patrões, realizada no último dia 23 de janeiro, os trabalhadores do setor gráfico convencional não aceitaram a contraproposta patronal de 3,60% de reajuste salarial ou de 4,11% com concessões da categoria aos patrões.
A “companheirada” deixou muito claro que não aceita flexibilizar mais ainda a jornada de trabalho dos gráficos com o fim do sábado livre e aplicação de banco de horas. “Nem pensar” foi o que os trabalhadores afirmaram ao ouvir a proposta dos patrões.
Os trabalhadores autorizaram a diretoria do Sindicato e as assessorias jurídica e econômica a elaborarem uma contraproposta para ser apresentada aos patrões. Outra decisão da Categoria foi buscar formas de atrasar a produção, afim de demonstrar às empresas a insatisfação com as propostas patronais através da aplicação de uma “operação tartaruga”.
Caso os patrões não atendam as reivindicações dos trabalhadores, novas formas de demonstrar essa insatisfação serão adotadas pela Categoria e pelo Sindicato.
A diretoria do Sindicato levará as decisões dos trabalhadores ao restante da Categoria, bem como ao Movimento Sindical, principalmente aos sindicatos participantes da Campanha Salarial Unificada.
O presidente do SINTIGRACE, Rogério Andrade , declarou que a categoria está a “a todo vapor e demostrou estar pronta e organizada para resistir na defesa de seus direitos”. O presidente salientou que os trabalhadores sabem que muitas outras categorias com data base em janeiro, como por exemplo os comerciários e trabalhadores em asseio, fecharam suas convenções com reajustes de 7% ou mais.


PARA AGENDAR

Dia 27 de janeiro, 10 horas, na FIEC, 8ª rodada de negociação salarial do setor gráfico convencional.